Estudo dos vírus

<<VÍRUS>>


Alunos: Louise, Giovanna, Gabriel Elias e Ricardo (205)

O que são:

Os vírus são organismos biológicos acelulares simples e pequenos (medem menos de dois µm), formados por uma cápsula de proteína que envolve o material genético. São parasitas obrigatórios dos seres vivos, isso porque eles não conseguem multiplicar seu material genético se não estiverem dentro de um organismo.  Não são considerados seres vivos por não realizarem funções vitais característicos dos seres viventes e nem terem células e nem organização celular (são chamados de acelulares).
A palavra vírus vem do latim vírus que significa fluido venenoso ou toxina. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto reprodução celular.
Normalmente, essas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou ambos) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõem o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros, no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados. São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos; os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.

Exemplos de vírus:



Estrutura dos vírus:
Com a visualização dos vírus, foi possível conhecer sua estrutura, que é relativamente simples quando comparada com a das células eucarióticas, por exemplo. De uma maneira simplificada, podemos dizer que esses organismos são formados por duas partes principais: o material genético, que normalmente é o DNA ou o RNA, raramente os dois, e uma capa proteica (capsídeo). O capsídeo pode apresentar diferentes simetrias, tais como a icosaédrica, helicoidal ou complexa. Na simetria icosaédrica, observa-se que o capsídeo assume uma forma parecida a de um icosaedro, ou seja, um poliedro formado por 20 faces, 12 vértices e 30 arestas. Como exemplo desse tipo de vírus, podemos citar o herpes vírus e o rinovírus. A simetria helicoidal, por sua vez, apresenta o capsídeo com formato de hélice, como é caso do vírus da raiva e da gripe. Por fim, o vírus de simetria complexa apresenta uma morfologia bastante distinta que não se encaixa em nenhum dos outros tipos. O exemplo mais típico desse tipo de vírus são os bacteriófagos. Alguns vírus possuem, além do capsídeo, outra estrutura que reveste o vírus, denominada de envelope. O envelope viral, que é constituído por lipídios, proteínas e carboidratos, é formado a partir da membrana da célula infectada. Como exemplo de vírus envelopado, podemos citar o HIV, o vírus causador da AIDS.


Habitat:
O habitat do vírus é, basicamente, uma célula parasitada. Os vírus passam por reprodução e propagação no interior da célula hospedeira. Sendo assim, esses seres são considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Essa relação parasitária começa quando o material genético do vírus assume o comando da célula. O vírus não tem núcleo celular e, por isso, o habitat natural desses seres são as células hospedeiras, que podem ser de humanos, animais ou vegetais.

Doenças causadas por vírus:
Doenças causadas por vírus se desenvolvem de formas diferentes das doenças provocadas por bactérias. Como o vírus é um parasita celular obrigatório, somente dentro das células de outros seres vivos é que esse organismo consegue se reproduzir.
· Ebola: Esse vírus é propagado pelo contato com fluidos corporais como sangue, saliva, contato com a pele ou superfícies infectadas, como um cobertor, por exemplo. Dessa forma, como em quase todas as doenças causadas por vírus, os sintomas iniciais do ebola são dores de cabeça, dores musculares, febre e calafrios. Em estágio avançado, podem aparecer náuseas, vômitos e tosse com sangue, diarreia, sangue nas fezes, confusão mental e vermelhidão na pele e nos olhos. O tratamento para diminuir o impacto do ebola é feito com hidratação e repouso do paciente. É importante que o paciente seja isolado para evitar o contágio.
·  Herpes: Altamente contagioso, a herpes pode ser transmitida pelo contato com a ferida, fluidos corporais, objetos infectados, contato sexual ou da mãe para o bebê no momento do parto. Ainda que não tenha cura, existem pomadas e comprimidos que podem ser usados para aliviar os sintomas. O vírus pode não manifestar sintomas, contudo, se isso ocorrer, pode surgir sinais como: inchaço e bolhas de ar com líquidos, coceira, dor, desconforto. As duas maiores prevenções são evitar o contato com pessoas que estão manifestando os sintomas da doença e sempre manter relações sexuais protegidas.

·    Varíola: Apesar de ser um vírus quase erradicado no mundo, a varíola é uma doença altamente contagiosa. É possível pegar o vírus com uma longa exposição com alguém contaminado, por gotículas que a pessoa expele pela fala, tosse ou espirro. Por isso, apesar de mais rara, é possível a contaminação pelo ar e também por objetos infectados. Alguns dos sintomas são: dor de cabeça, febre, mal-estar, dor muscular. Além de não ter cura, não há um tratamento específico ou eficiente contra a doença. Até, existe uma vacina contra a varíola, que foi usada em meados do século passado. Porém, hoje ela não faz parte da vacinação de rotina por apresentar riscos colaterais elevados.

·  Catapora: O vírus da catapora  é altamente contagioso, principalmente por ser transmissível desde o final do período de incubação do vírus até seis dias após o aparecimento das lesões. A transmissão pode acontecer por saliva, objetos contaminados. Entretanto, pessoas que já tiveram catapora ou tomaram a vacina são imunes. O principal sintoma é aparecimento de manchas vermelhas na pele, com o surgimento de bolhas. Pode acontecer febre, mal-estar e perda de apetite. Alguns dias após o aparecimento das bolhas, elas começam a secar e provocam grande coceira. Não há um tratamento específico para essa doença, a recomendação é que a pessoa faça repouso e tenha uma atenção no período em que as bolhas secam e causam coceira, para não gerar infecção por bactérias presentes nas unhas.


· Caxumba: Afetando principalmente crianças, o vírus da caxumba é transmitido pelo contato direto com o doente, objetos infectados, saliva da pessoa contaminada. Alguns dos sintomas são: dificuldade de engolir, febre, dor de cabeça, dor e fraqueza muscular. Também é normal que a região do pescoço fique inchada. Depois da puberdade, podem acontecer inchaço e dor nos testículos dos homens ou ovários das mulheres, o que pode levar à infertilidade. Não existe um tratamento específico para a caxumba, mas, de acordo com a situação, alguns medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos podem ser prescritos com a finalidade de aliviar os sintomas. Existe prevenção para a caxumba, no formato de vacina, incluída na tríplice viral.


·  Sarampo: Com a transmissão feita pelo contato direto, por meio das secreções e gotículas de saliva, o sarampo é extremamente contagioso. Febre, coriza e tosse seca são alguns dos indícios da doença. Uma irritação na pele, com a presença de manchas avermelhadas, porém, é o principal indicativo da virose, que já estava praticamente erradicada no Brasil, mas o vírus do sarampo tem voltado a causar mortes. Apesar de não existir tratamento para o sarampo, podem ser usados antitérmicos para alívio dos sintomas. Existe vacina contra o sarampo (tríplice viral) e essa é a forma de prevenção da doença.



·  Rubéola: Com alta contagiosidade, a rubéola é transmitida diretamente da pessoa contaminada para outra pessoa através do espirro, tosse ou até mesmo da fala. A pessoa infectada por esse vírus pode apresentar febre baixa, coriza e dor de cabeça. Manchas avermelhadas pelo rosto, corpo e vermelhidão nos olhos são os sinais mais marcantes dessa doença. Existem várias medidas para acalmar os sintomas da doença, entretanto, não existe um tratamento para reverter a situação. A vacina tríplice viral torna a pessoa imune ao vírus da rubéola.


·      Gripe comum: Da lista de doenças causadas por vírus, a gripe comum talvez seja a mais conhecida e também mais infecciosa. Transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas, o vírus também pode ser transmitido pelo ar. Febre, tosse, espirros, mal-estar, calafrios, congestão nasal, são alguns dos sintomas causados pela doença. Não há um tratamento para a doença, mas sim medidas para amenizar os sintomas, como medicamentos, repouso e ingestão de líquidos. É possível evitar essa virose fortalecendo o sistema imunológico e também com a vacina contra a gripe, apesar de ela imunizar para apenas um tipo do vírus e existirem vários.

·     Poliomielite: O poliovírus pode ser transmitido pelo contato direto com a pessoa infectada, através da água ou de alimentos contaminados. Apesar de a pessoa com o vírus poder não apresentar nenhum dos sintomas, essa virose, também conhecida como paralisia infantil, pode ser fatal. Alguns dos sintomas são fraqueza e dores musculares, crescimento lento, mal-estar e sensação de desmaio. É recomendado repouso e uso de analgésicos para minimizar os sintomas da doença, entretanto, não existe um tratamento para a mesma. A paralisia infantil é prevenida com a vacinação oral ou injetável.

·    Rotavirose: Essa virose é transmitida pelo contato direto com uma pessoa contaminada, pela água, alimentos e objetos infectados. Entre os sintomas do rotavírus estão: vômitos, diarreia, febre alta. O principal foco no tratamento é manter o paciente hidratado. Administrar medicamentos para inibir a diarreia não é recomendado nessa situação. Existe vacinação contra o rotavírus.

·    Hepatite A: A hepatite A é transmitida através do contato com uma pessoa infectada pelo vírus ou pela água e alimentos contaminados. O sintoma que mais se sobressai nessa virose é a pele e os olhos amarelados. Outros indícios são urina escura, diarreia, náusea e vômito, além da perda de peso e dores abdominais, nas articulações e nos músculos. Mesmo que não exista um tratamento específico para a doença, é recomendado que a pessoa fique em repouso, mantenha-se hidratada e evite consumo de álcool. Existe uma vacina que previne o vírus da hepatite A. Outras formas de frear o contágio são pelo tratamento da água, além das práticas de higiene pessoal.

·  Febre Chikungunya: O vírus que causa a febre Chikungunya é passado através da picada dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus que tenham se infectado picando outra pessoa com o vírus anteriormente. O sintoma mais evidente são as dores muito fortes nas articulações. Não existe tratamento para essa virose. Entretanto, é importante manter o paciente muito bem hidratado, além do uso de medicamentos, prescritos por médicos, para amenizar a situação. Sem vacina contra o vírus, o melhor jeito de se prevenir é eliminando focos de reprodução dos mosquitos e usando proteção contra os mesmos, como repelentes e mosquiteiros.

· Dengue: dengue também é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Dores atrás dos olhos e pelo corpo, febre alta, manchas avermelhadas e perda de apetite, são sintomas causados pela dengue. Dependendo do tipo de dengue, podem acontecer também hemorragias. Mesmo não existindo tratamento para o vírus da dengue, é necessário que o paciente fique hidratado e, em caso de grande perda de plaquetas, é preciso acompanhamento médico e internação hospitalar. Assim como no caso da Chikungunya, não existe uma vacina para a dengue, mas também é preciso tomar cuidados para repelir o vetor (mosquito).

· Febre amarela: Doença ocasionada pela picada por um dos vetores da doença que estejam infectados: os mosquitos Haemagogus leucocelaenus, Aedes aegypti ou Aedes albopictus. Os principais sintomas são dor muscular e abdominal, com calafrios, náusea, vômito e perda de apetite. A pele e os olhos podem ficar amarelados. Apesar de não existir tratamento específico, pessoas com febre amarela precisam ser hospitalizadas imediatamente, para a tentativa de minimizar a doença, que pode ser fatal.

·  Raiva: vírus da raiva é transmitido pelo contato com a saliva, por arranhão ou mordida de um animal infectado. Febre, mal-estar, falta de apetite e tontura demonstra-se como os principais sintomas. Também é comum acontecerem espasmos e paralisia muscular, confusão mental, além de salivação excessiva e dificuldade de engolir, o que resulta em baba. A pessoa fica mais irritada, agressiva e pode ter alucinações e delírios. Não existe tratamento para a doença, que normalmente é fatal. Existem medidas preventivas após a exposição com a vacina antirrábica. A mesma vacina que é aplicada após a exposição a algum animal também pode ser usada de maneira preventiva. Outra forma de ajudar no controle dessa doença é através da vacinação de animais domésticos, como cães e gatos.

·    AIDS: Uma das principais doenças causadas por vírus, pelo seu efeito devastador, a AIDS é transmitida pelo sangue, pelo contato sexual desprotegido, pelos fluidos vaginais, sêmen ou da mãe para o bebê. Dentre os vários sintomas dessa doença estão a perda de apetite, diarreia, náusea, vômito, perda de peso, manchas e erupções na pele, fraqueza e mal-estar. Apesar de não existir uma cura para essa doença, existem diversos tratamentos para retardar o seu progresso e prevenir doenças secundárias (oportunistas), uma vez que a AIDS enfraquece o sistema imunológico. Manter relações sexuais protegidas e evitar o contato com machucados ou materiais com sangue são práticas sugeridas para evitar a doença.

Reprodução:

No momento da reprodução, os vírus precisam contar com uma célula hospedeira, que dará as condições para que eles possam se multiplicar. A reprodução dos vírus acontece no interior da célula hospedeira.
Por essa condição, eles acabam sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois utilizam a estrutura celular hospedeira, com todo o seu material genético, para se reproduzirem. Durante o processo de reprodução, os vírus podem passar por dois ciclos distintos, o ciclo lisogênico e o ciclo lítico. No ciclo lítico, o vírus domina o metabolismo da célula hospedeira por meio dos processos de absorção e penetração e coloca o seu material genético. Isso acontece de forma direta, quando o material genético do vírus é colocado na célula, deixando a estrutura proteica para o lado de fora.
Ocorre também pela fusão do envelope viral, quando a camada proteica do vírus se funde à membrana celular ou por endocitose, quando os receptores químicos da membrana da célula realizam a fixação do vírus. Após a reprodução os vírus geralmente causam a morte da célula hospedeira. Por outro lado, no ciclo lisogênico, o vírus invasor injeta seu material genético ao genoma da mesma. Nesse processo, a presença do parasita não interfere no mecanismo celular, toda a sua atividade, desde o metabolismo até a reprodução, ocorre como numa célula saudável. Quando a célula hospedeira passa pela mitose, ela transmite às células-filhas o material genético do vírus que a infectou. Dessa forma, o parasita intracelular utiliza o processo reprodutivo da célula para se multiplicar e contaminar novas células do organismo vivo, retomando o seu ciclo. É exatamente por causa desse tipo de reprodução viral que algumas doenças demoram tanto tempo para se manifestarem no organismo.
Outros processos fundamentais na reprodução do vírus são a síntese onde o vírus começa a comandar todas as atividades metabólicas da célula que o hospeda, a montagem onde o vírus começa a produzir novos parasitas em grande quantidade  e a liberação onde o vírus produz a enzima viral, chamada de lisozima, que leva à ruptura da célula hospedeira, infectando as células vizinhas.








Bibliografia:





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