Especiação


Especiação

As especiações são processos que levam à criação de uma nova espécie. Em geral, se inicia com a separação da espécie em duas ou mais populações por uma barreira física, o isolamento geográfico, impedindo o fluxo de genes entre eles. Podemos dividir a especiação em três tipos básicos, tendo em vista aspectos geográficos: especiação alopátrica, simpátrica e parapátrica.
 A especiação alopátrica, acontece quando duas populações de uma espécie são separadas por uma barreira geográfica. Essa barreira geográfica, que pode ser uma montanha, um deserto ou floresta, por exemplo, causa uma separação espacial (isolamento geográfico). Quando essas populações se separam, podem sofrer diferentes pressões, já que estão em áreas diferentes. Com o passar do tempo, essas pressões fazem com que ocorra uma divergência genética e, consequentemente, um possível isolamento reprodutivo. O efeito do fundador é um tipo especial de especiação alopátrica. Nesse processo, uma pequena parte de uma grande população migra para fora dos ambientes da população original.  A pequena população, geralmente, é levada à extinção. Contudo, quando as pequenas populações são bem-sucedidas, elas são conduzidas a uma especiação mais rápida, em virtude, principalmente, da deriva genética. Uma evidência da especiação alopátrica pode ser observada em ilhas, em que uma espécie acaba se diferenciando na aparência e ecologia.
A especiação simpátrica ocorre sem que haja separação geográfica. Nesse caso, duas populações de uma mesma espécie vivem em uma mesma área, mas não ocorre cruzamento entre as populações. É comum observar que alguma modificação genética impediu esse intercruzamento, gerando assim diferenças que levarão à especiação.  É uma das especiações mais raras.
 Existe ainda a especiação parapátrica, que ocorre quando duas populações de uma mesma espécie diferenciam-se e ocupam áreas contíguas, mas ecologicamente distintas. Por estarem em áreas de contato, é possível o intercruzamento, que acaba gerando híbridos. Essas áreas são chamadas de zona híbrida e acabam se tornando uma barreira ao fluxo gênico entre as espécies que estão se formando. Podemos citar como exemplo de especiação parapátrica o caso da grama Anthoxanthum. Parte dessa espécie diferenciou-se graças à presença de metais no solo, passando a ter floração em época diferente, o que impossibilitou o cruzamento com a população original.

Bibliografia:


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